THE FRAY – Radio City Music Hall (New York) – 12/04/2012

Sempre quis ter a oportunidade de assistir a um show fora do Brasil e, assim, comparar com o que ocorre por aqui. E neste mês de abril não só realizei esse objetivo como pude conhecer um dos locais mais míticos para a música mundial: O Radio City Music Hall, em Nova York.

E posso dizer que foi tudo perfeito. A organização é invejável. Pouca fila e tudo muito bem feitinho; e o local então, só elogios. O Radio City é luxuoso demais, todo acarpetado, com escadas gigantescas e com todos os assentos estofados. Os banheiros são chamados de lounges e existem bares muito bem equipados. A acústica é perfeita em todos os locais (pista e mezaninos), e o som não falha em nenhum momento do show, e sequer podemos perceber aquelas temidas e chatas variações de volume que tanto ocorrem por aqui. Ou seja, é o lugar perfeito para os amantes da música presenciarem um espetáculo completo.

Agora falemos um pouco sobre os shows em si. A abertura foi da cantora Jessie Baylin que fez um bom aquecimento. Com uma ótima banda e uma voz bastante agradável, a cantora mostrou talento em composições que misturam rock, pop e folk. Bem legal!

Após o show inicial, o Radio City ficou completamente lotado e logo a atração principal entrou no palco. E que ótimo show o The Fray proporcionou. Pop/rock ( ou como chamam os críticos americanos piano rock) muito competente e repleto de belas baladas e melodias caprichadas. A banda trouxe um setlist baseado no novo disco Scars & Stories, mas não deixou de executar os principais hits de seus outros dois álbuns.

Destaques para as novas “Heartbeat”, “The Fighter” (minha predileta), “Run for Your Life” e para as já conhecidas “Over My Head”(primeiro single da banda), “How to Save a Life”, “Look After You” (do cd de estreia How to Save a Life), “Syndicate”, “You Found Me” e “Never say Never” (do segundo álbum, The Fray).

O único ponto negativo é que a plateia vibra bem menos do que aqui. Ao ponto do vocalista e pianista Isaac Slade pedir algumas vezes durante o show para que os espectadores levantassem das poltronas (sim, existem poltronas também na pista o que até certo ponto contribui para a certa passividade dos presentes) e chegassem mais perto do palco. Além disso, Slade fez questão de andar por todo o local chegando até a subir para cumprimentar as pessoas no primeiro mezanino.

Resumindo, excelente show, de uma banda que tem tudo para estourar fora dos Estados Unidos, em um local consagrado que vale todo tipo de elogio e cuja fama é extremamente merecida. Inesquecível! Se você for para Nova York não perca a chance de assistir a um show no Radio City Music Hall. Eu recomendo!

Setlist:

Munich

Turn Me On

Here We Are

You Found Me

All At Once

The Wind

Happiness

Never Say Never

Be Still

Rainy Zurich

The Fighter

Run For Your Life

Syndicate

How To Save A Life

Over My Head (Cable Car)

Heartbeat

Look After You

Maps (Yeah Yeah Yeahs cover)

ADRENALINE MOB – Omertá (2012)

Estava bastante curioso para conferir o cd de estréia do Adrenaline Mob, banda que conta com o vocalista do Symphony X, Russell Allen, e o ex-baterista do Dream Theater, Mike Portnoy. E a curiosidade valeu à pena. O álbum é excelente!

Não dava mesmo para duvidar da qualidade de um grupo que reúne um dos melhores bateristas do mundo e para mim o melhor vocalista do metal na atualidade. O som dos caras é diferente do Metal Progressivo que praticam (ou no caso de Portnoy, praticava) em suas bandas de origem.

O Adrenaline Mob mistura com competência Heavy Metal Moderno e cheio de groove com boas doses de Hard Rock. O lado mais moderno aparece logo na faixa de abertura de Omertá “Undauted” que lembra bastante a banda de New Metal Disturbed. O peso predomina em “Psychosane” (destaque total para o guitarrista Mike Orlando) e “Indifferent” onde podemos comprovar o talento do vocalista Russell Allen.

Quarta faixa do cd, “All on the Line” é uma balada que gruda logo na cabeça e você já passa a cantarolar o refrão. Logo na sequência, “Hit the Wall” e “Feelin’” retomam o peso, apostando na velocidade e na pegada de Portnoy, que aqui é muito mais contido (de forma positiva) e menos virtuoso do que era no Dream Theater, e na versatilidade de Allen. Sensacional!

O cover do Duran Duran para “Come Undone” foi uma surpresa bastante agradável. Nunca poderia imaginar que essa canção poderia soar tão pesada e melodiosa ao mesmo tempo. E o contraponto entre os vocais de Allen e da convidada Lizzy Hale (da banda Halestorm) funcionou com perfeição cirúrgica.  Outro grande momento.

“Believe Me” soa bem Hard Rock, enquanto “Down to the Floor” é puro Heavy Metal (mais uma vez ponto para o guitarrista Mike Orlando que capricha nos solos). “Angel Sky” é outra balada muito bem feita, típica do Hard norte-americano e “Freight Train” investe no refrão pegajoso e nos solos encorpados, fechando o debut com aquele gostinho de “quero mais”.

O Adrenaline Mob não é a salvação do Heavy/Hard mundial, mas tem tudo para agradar aqueles que gostam de um bom rock ‘n’ roll, feito com honestidade e muita qualidade. Corra atrás deste cd, pois vale cada centavo investido. Eu garanto!

TrackList:

1.Undaunted
2.Psychosane
3.Indifferent
4.All on the Line
5.Hit the Wall
6.Feelin’ Me
7.Come Undone
8.Believe Me
9.Down to the Floor
10.Angel Sky
11.Freight Train