THE LORDS: COMEMORAÇÃO DOS 10 ANOS DE BANDA E LANÇAMENTO DO DVD ACÚSTICO

Por Luiz André Guazzelli (Tuco)

@tucoguazza

No domingo dia 25 de maio, foi realizada a Festa em Comemoração aos 10 anos da banda The Lords e o lançamento do primeiro DVD acústico do grupo no Santo Rock Bar, em Santo André – SP.

Se você costuma frequentar os bares com música ao vivo no ABC Paulista, especialmente os voltados ao rock ‘n’ roll, então certamente já se deparou com alguma apresentação ao vivo da banda formada por Billy (vocais), Eric (baixo), Gustavo (guitarra) e Marco (bateria). Com média de 200 shows por ano, a banda já dividiu palco com importantes grupos nacionais e internacionais como The Mission, Hoodoo Gurus, IRA!, Titãs (ponto alto da carreira segundo a banda ao tocar para uma plateia de 15 mil pessoas) e fez o “esquenta” para lendas como Eric Clapton e The Cult. Além disso, a The Lords foi uma das bandas participantes do badalado Motorock & Cruise de 2024.

Neste show especial com duração de quase 3 horas realizado para um público que lotou o Santo Rock, a The Lords preparou dois setlists diferentes; um acústico e um outro elétrico com a presença de convidados especiais (músicos de bandas parceiras, ex-integrantes e amigos da banda). Por sinal, tarefa mais do que difícil para os integrantes escolherem as músicas a serem apresentadas, afinal segundo o vocalista Billy a banda tem cerca de 250 músicas no repertório. Já para o baixista Eric a conta é muito maior e já passou das 400 músicas tocadas durante toda a carreira, com destaque para o rock ‘n’ roll das décadas de 70, 80, 90 e bastante coisa dos anos 2000.    

Para ilustrar a profundidade dos setlists da The Lords, no set acústico foram apresentadas músicas que em sua grande maioria não constam no DVD recém lançado pela banda e até algumas novas versões, destaque para “Lonely Day” do System of a Down que ficou impecável no formato acústico e com destaque absoluto para a alternância de vocais entre Billy e Gustavo. Vale destacar também a sensacional trinca inicial do show com as maravilhosas versões de “Crying in the Rain”, famosa com o A-Ha, “Unwell” (Matchbox Twenty) e “Save a Prayer” (Duran Duran). Puxando um pouco a sardinha para o lado deste jornalista, foi surpreendente ouvir as versões de músicas de duas bandas que gosto muito e que são menos conhecidas do público em geral do que deveriam. Falo de Sister Hazel (“All for You”) e Gin Blossoms (“Follow You Down”). “My Sacrifice” (Creed) finalizou o set acústico, comprovando o talento do vocalista Billy. E respondendo e reafirmando vários comentários do público ao meu redor: sim, o rapaz não desafina!

Após um pequeno intervalo, aonde foram mostradas imagens exclusivas e algumas canções presentes no DVD acústico da banda que foi gravado em dezembro de 2024 no próprio Santo Rock Bar, e que em breve estará disponível gratuitamente no canal da banda no YouTube, a The Lords voltou para o set “plugado” com ainda mais energia. Logo no começo foram apresentadas versões de algumas músicas mais “recentes” como “Dog Days Are Over” (Florence & The Machine), “Pump up Kicks” (Foster the People), “Last Nite” (The Strokes) e “Seven Nation Army” (The White Stripes).

Na sequência, o setlist incorporou clássicos absolutos dos anos 70, 80 e 90 para receber os convidados especiais da noite. Desta forma, músicas como “Back on the Chain Gang” (The Pretenders), com direito a altíssimo coral dos presentes na famosa parte dos “ôo-ôos”, “There’s a Light That Never Goes Out” (The Smiths),  “Don’t You Want Me Baby” (Human League), “Roadhouse Blues”/”Break on Through”/Love Me Two Times” (The Doors), “Suedehead” (Morrissey), “New Years Day” (U2) e “Sultans of Swing” (Dire Straits) tiveram as participações especiais de Bruno Freitas (vocalista da K7 Band), Junior Ribeiro (baixista), Leandro Dessico (vocalista da Road Hits), Denis Eduardo “Bisteka” (gaita), André Alves (primeiro baterista da The Lords), Renan Gomes (baixista da banda Livro dos Dias), Renato Zaglio (baterista da Rock Forever), Wagner Dantas e Fred Caetano (respectivamente guitarrista e vocalista da banda Q Rock). E no final, com todos os convidados no palco, fecharam a celebração com uma homenagem ao Rei do Rock, Elvis Presley, na icônica faixa “Suspicious Minds”.

Após o show, a satisfação era geral e a emoção da banda mais do que visível: “A noite foi espetacular! Estar no palco com amigos que fizeram parte da nossa trajetória até aqui e com nosso público que nos acompanha sempre é sensacional”, relatou o vocalista Billy. E já pensando no futuro, afinal o músico brasileiro assim como o rock ‘n’ roll nunca pode parar, o frontman da banda completou: “Agora vamos divulgar cada vez mais nosso trabalho Acústico e o DVD que está sendo lançado, e fazer a Lords chegar em ainda mais lugares, e quem sabe gravar um show elétrico nos próximos meses”.

Realmente, foi uma noite especial e tudo que podemos dizer é que se você ainda não conhece a The Lords então está mais do que na hora de conhecer, porque toda apresentação é única, e garantia de pura diversão. Banda afiada, músicos extremamente competentes e carismáticos e, que, provavelmente irão tocar músicas que fazem parte da trilha sonora da sua vida.

Confira a agenda da banda pelo Instagram @bandathelords, não perca a oportunidade de vê-los ao vivo, e como disse o vocalista Billy ao final desta entrevista: “Let’s Rock!!!”.

Setlist Acústico:

– Crying in the Rain

– Save A Prayer

– Unwell

– All For You

– Come Anytime

– Don’t Get Me Wrong

– Follow You Down

– Friday i’m in Love

– I Still Haven’t Found What i’m Looking For

– Lonely Day

– My Sacrifice

Intervalo (Faixas DVD):

– Shout

-Strange Love

– The Promise

Setlist elétrico:

– Dog Days Are Over

– Pump Up Kicks

– Last Nite

– Molly’s Chamber

– Seven Nation Army

– The Way

– Back on the Chain Gang

– There’s a Light That Never Goes Out

– Suedehead

– Don’t You Want Me Baby

– Roadhouse Blues / Break On Through / Love me Two Times

– New Years Day

– Sultans of Swing

– Suspicious Minds

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O melhor “rolê” do mundo

Por Luiz André Guazzelli (tucoguazza)

Foto show/piscina: Nah Suenson

Entre os dias 17 e 24 de março deste ano foi realizada a oitava edição do Moto Rock & Cruise, carinhosamente conhecido como o “barquinho do rock”.

Idealizado pela empresária Monika Cavalera, da Base 2 Produções, o Moto Rock & Cruise é um projeto pioneiro no Brasil, sendo o primeiro cruzeiro temático a proporcionar uma experiência única de rock’n’roll em alto mar desde 2011. O evento deste ano reuniu 700 pessoas em um grupo exclusivo a bordo do navio Costa Diadema num roteiro que passou por Santos, Salvador, Ilhéus e Rio de Janeiro e contou com 17 bandas, entre covers e autorais, 21 shows, uma DJ todos os dias e cinco Festas Temáticas Especiais.

Shows – Para Monika Cavalera, o maior desafio para a organização do evento reside na escalação das bandas e não na logística total do evento, como seria o mais natural de se imaginar. “É muito difícil escolher as bandas que irão tocar no evento no escuro, porque você não sabe se vai agradar a todos, se o estilo será aquele que o passageiro gosta e se o horário que a banda for escalada será o horário que a pessoa vai querer ouvir, se seria melhor uma banda tocar de dia ou de noite”.

The Beast Experience – The Ultimate Iron Maiden Tribute, Plebe Rude, Beatles 4ever e Edu Falaschi foram as bandas responsáveis pelos shows realizados no Teatro Principal do Navio.

A The Beast Experience inaugurou as apresentações no Teatro e trouxe para o evento uma fiel homenagem ao Iron Maiden, com direito a avião inflável, adereços iguais aos utilizados pela banda inglesa e a presença do mascote Eddie. Uma verdadeira celebração para os fiéis fãs da banda de heavy metal.

Ícone dos anos 80, os brasilienses da Plebe Rude tocaram pela terceira vez no “barquinho” e desfilaram seus maiores sucessos com direito a “invasão” do público no palco ao final da última música. Para o baixista Clemente Nascimento, a experiência de tocar no navio é única: “o clima aqui é de total descontração, todo mundo curtindo, um clima de férias mesmo. Eu curto bastante e espero voltar nos próximos”. Estreante no evento, Edu Falaschi, ex-vocalista da banda Angra, também percebeu a atmosfera positiva e o ótimo clima do show o que possibilitou ao artista até sair do convencional e realizar, segundo o próprio, um dos seus “sonhos”, que era tocar em um show uma versão ao violão de “Tempo Perdido” da Legião Urbana, homenageando assim, o rock nacional dos anos 80 ao qual disse ser muito fã. Edu também elogiou o evento: “Eu pude ver alguns shows do Moto Rock Cruise e fiquei muito impressionado com a alta qualidade das bandas e principalmente dos músicos”.

Primeira banda cover da história do Brasil, fundada em 1976, a Beatles 4Ever fez outro show inesquecível, e quem conhece a banda sabe o quanto representam para manutenção do legado dos 4 rapazes de Liverpool aqui no nosso país. Sim, “o sonho não acabou”. Fundador da banda, e único remanescente da formação original, o baterista Ricardo Felício ressaltou a importância do evento e a valorização das bandas tributos no país: “é muito bacana reunir nesse tipo de evento várias tribos de culturas diferentes e abre um leque de várias opções musicais de qualidade tocando com fidelidade e paixão canções de artistas inesquecíveis como os Beatles por exemplo”.

Além destes quatro artistas, tivemos também apresentações diárias em um dos Salões do Navio com as bandas Eletro Acústico (que tocou em dois dias diferentes), Rolls Rock (que também tocou duas dezes no salão sendo uma na Festa do Branco ou Preto), The Lords, Ozzmosis (Especial Ozzy Osbourne), Rush Project (Especial Rush), Old Chevy (Festa Viva Las Vegas), Rocksauro (em dois dias com shows diferentes, um Especial Led Zeppelin e, no outro, um Especial AC/DC), Creedence 4ever (Especial Creedence Clearwater Revival), The Hammer Motorhead Cover e Ton Cremon e Convidados Master Jam.

As Bandas Classical Queen (Especial Queen), Rolls Rock (Festa a Fantasia), Fever Aerosmith Cover (Festa Anos 80) e Guns ‘N’ Roses Cover Brasil (Festa do Pijama) comandaram as badaladas apresentações noturnas na Piscina Central do Navio. Um dos grandes destaques foi a banda Rolls Rock que se apresentou por mais vezes durante o evento (três), comandando duas festas temáticas e apresentando três setlists diferentes nos três shows. O que para alguns poderia ser um desafio, para a banda foi fruto de sua dedicação à música. “Nós temos 21 anos de banda, cerca de 220 músicas no nosso repertório, já plenamente ensaiadas e prontas para serem executadas. A gente decide na hora o que tocar e, claro, sempre procuramos tocar aquilo que o pessoal pede para a gente”, salientou o vocalista e guitarrista da Rolls Rock, Edu Costa.  

Vale lembrar também que a DJ Kelly Silva se apresentou todos os dias no deck da piscina nos momentos de folga entre os shows, animando não só o grupo exclusivo do Moto Rock & Cruise como as outras pessoas presentes no navio. “É um enorme prazer participar deste evento, também participei no ano passado e eu procuro sempre tocar aquilo que o pessoal quer ouvir, com repertórios diferentes e trazer ainda mais diversão para as pessoas no seu momento de lazer. É um evento diferente de tudo, parece um universo paralelo como costumo dizer”.

Festas – Além dos shows que são o ponto alto do Moto Rock & Cruise existem muitas outras atividades que podem ser feitas pelos participantes durante o Cruzeiro, mas sem dúvida alguma as Festas Temáticas promovidas pela organização do evento chamam a atenção.  E nesse quesito os fãs do “barquinho” são insuperáveis! Na Festa Viva Las Vegas a roupa de gala, os ternos coloridos e vestidos roubam a cena. A Festa Anos 80 traz o saudosismo de volta e referências à cultura desta época são vistas em camisetas, bambolês, pochetes, walkmans, etc. Mas nada bate a Festa à Fantasia, nela, a criatividade rola solta e podemos ver lado a lado uma pessoa “transformada” em lagartixa e outra em Darth Vader; um grupo “vestido” de Tetris (sim, o famoso game dos blocos coloridos); um “morto” dentro do caixão; princesas Elfas; bruxas; o fantasma do filme Beetlejuice ou os personagens do Mágico de OZ. Impagável! A Festa do Pijama encerra a semana com um misto de alegria e melancolia, pois significa que a viagem infelizmente acabou. Não é difícil encontrar participantes chorando após o término da festa…

Participantes – E por falar em participantes, aí está o grande segredo e talvez a maior virtude do Moto Rock & Cruise. O grupo de pessoas de diversas idades que curte o evento forma uma verdadeira família que só vai aumentando e ganhando força com o passar dos dias, ou melhor das madrugadas. Desde famílias completas, até pessoas que estiveram em diversas edições do evento e que se dedicam por inteiro ao evento ou como este que vos escreve, que estão indo pela primeira vez. Mas no final, todos curtem juntos e já combinam a próxima.

Já no seu quarto Moto Rock & Cruise, o produtor rural de Limeira-SP, Eduardo Luis Mercuri, 48 anos, é um dos que se doam por inteiro ao evento e costuma usar cada dia uma fantasia ou adereço diferente. “Esta é uma forma de expressar minha alegria de estar no evento. Gera risadas, muitas fotos, interação com demais passageiros. Essa ideia surgiu para amenizar o olhar dos passageiros do cruzeiro para com nosso grupo do rock, que eram pessoas usando coletes, camisetas pretas, estampas de caveira. Este é um evento muito especial para mim”, ressalta.

Veterano no Moto Rock & Cruise e um dos participantes mais queridos pelo grupo, o comerciante de Santo André-SP, Denis Nassa, mais conhecido no “barquinho” como “Tio Chico”, 42 anos, já participou de sete edições do evento e garante que este é o “Melhor Rolê do Mundo”, lema defendido por outras diversas pessoas, inclusive. “Com certeza este é o melhor rolê do mundo, onde tem tudo que você mais gosta, diversão, música boa e a melhor galera de todas e tudo dentro de um lindo navio”. O empresário ainda reforça: “não tem como não sair de cada edição com pelo menos 20 novas amizades. É sempre uma emoção voltar a cada ano e reencontrar essas pessoas que passaram a fazer parte de uma grande família”.

Além daqueles que estão repetindo a experiência do Moto Rock & Cruise, todo os anos tem gente nova participando. Pela primeira vez no “barquinho do rock”, a ortodontista de 44 anos moradora de São Sebastião do Caí-RS, Celeste Blauth Juchem, adorou o evento e já pensa em retornar no ano que vem: “Achei tudo muito legal, as pessoas são ótimas, muito fáceis de se enturmar e os shows foram sensacionais. As bandas tributo foram perfeitas. Vou me programar para voltar em 2025 e trazer mais pessoas comigo”.

Segundo, Monika Cavalera da Base 2 Produções, a edição do Moto Rock & Cruise 2025 já está garantida e deverá ter basicamente o mesmo formato, faltando apenas decidir as datas e o roteiro. Portanto, fiquem de olho nas redes sociais do evento (@motorockcruise) que novidades poderão ser anunciadas a qualquer momento, afinal, muita gente não vê a hora do “Melhor Rolê do Mundo” recomeçar.