Sempre quis ter a oportunidade de assistir a um show fora do Brasil e, assim, comparar com o que ocorre por aqui. E neste mês de abril não só realizei esse objetivo como pude conhecer um dos locais mais míticos para a música mundial: O Radio City Music Hall, em Nova York.
E posso dizer que foi tudo perfeito. A organização é invejável. Pouca fila e tudo muito bem feitinho; e o local então, só elogios. O Radio City é luxuoso demais, todo acarpetado, com escadas gigantescas e com todos os assentos estofados. Os banheiros são chamados de lounges e existem bares muito bem equipados. A acústica é perfeita em todos os locais (pista e mezaninos), e o som não falha em nenhum momento do show, e sequer podemos perceber aquelas temidas e chatas variações de volume que tanto ocorrem por aqui. Ou seja, é o lugar perfeito para os amantes da música presenciarem um espetáculo completo.
Agora falemos um pouco sobre os shows em si. A abertura foi da cantora Jessie Baylin que fez um bom aquecimento. Com uma ótima banda e uma voz bastante agradável, a cantora mostrou talento em composições que misturam rock, pop e folk. Bem legal!
Após o show inicial, o Radio City ficou completamente lotado e logo a atração principal entrou no palco. E que ótimo show o The Fray proporcionou. Pop/rock ( ou como chamam os críticos americanos piano rock) muito competente e repleto de belas baladas e melodias caprichadas. A banda trouxe um setlist baseado no novo disco Scars & Stories, mas não deixou de executar os principais hits de seus outros dois álbuns.
Destaques para as novas “Heartbeat”, “The Fighter” (minha predileta), “Run for Your Life” e para as já conhecidas “Over My Head”(primeiro single da banda), “How to Save a Life”, “Look After You” (do cd de estreia How to Save a Life), “Syndicate”, “You Found Me” e “Never say Never” (do segundo álbum, The Fray).
O único ponto negativo é que a plateia vibra bem menos do que aqui. Ao ponto do vocalista e pianista Isaac Slade pedir algumas vezes durante o show para que os espectadores levantassem das poltronas (sim, existem poltronas também na pista o que até certo ponto contribui para a certa passividade dos presentes) e chegassem mais perto do palco. Além disso, Slade fez questão de andar por todo o local chegando até a subir para cumprimentar as pessoas no primeiro mezanino.
Resumindo, excelente show, de uma banda que tem tudo para estourar fora dos Estados Unidos, em um local consagrado que vale todo tipo de elogio e cuja fama é extremamente merecida. Inesquecível! Se você for para Nova York não perca a chance de assistir a um show no Radio City Music Hall. Eu recomendo!
Setlist:
Maps (Yeah Yeah Yeahs cover)