São raras as vezes que gostamos de um cd inteiro, exceto é claro quando se trata de uma coletânea. E mesmo assim sempre vai ter uma ou duas músicas que pulamos ou não prestamos tanto atenção. O cd perfeito é difícil de achar. O último que gostei de fio a pavio foi o “Ten” do Pearl Jam, que já escutei mais de mil vezes. Ok…exagerei um pouco, mas chegou perto disso.
Recentemente resolvi ouvir o novo disco de uma banda da Flórida chamada Shinedown. Conheci essa banda em uma cover de “Simple Man” do Lynyrd Skynyrd, banda de southern rock que sou muito fã. Gostei, e depois ouvi seu single de maior sucesso até então “45”. Grande núsica! Aí fui atrás da discografia da banda e comecei pelo mais recente cd, razão desta resenha, “The Sound of Madness”, de 2008.
Na primeira audição me surpreendi e logo soltei um: “caramba, todas as músicas são boas”. Surpreendente, mas até que enfim havia encontrado um disco linear em que todas as faixas possuem qualidade e nos dão aquela vontade de ouvir novamente.
Formada por Brent Smith (vocal), Barry Kerch (bateria), Zach Myers (guitarra) e Eric Bass (baixo), a banda é rotulada por muitos como pós-grunge ou new rock. Sei lá o que é isso. Na verdade é um bom rock ‘n’ roll com boas letras e refrãos grudentos, guitarras pesadas, vocais melodiosos e algumas belas baladas.
O cd começa com “Devour”. Aquela típica faixa rápida e pesadona, perfeita para abrir um show. Logo em seguida temos a faixa título, uma das minhas prediletas, que une peso e melodia na medida certa, com um refrão que gruda na cabeça. “Second Chance” é a primeira balada do disco e foi single número um em diversas paradas norte-americanas. Já teve seu clipe bastante veiculado na VH1 brasileira e até tocou no “sensacional” BBB. A música é boa e cairia bem nas rádios brasileiras se não existissem tantos jabás.
A faixa 4 “Cry for Help” retoma o lado energético da banda com outro “rockão” muito bem executado, com destaque para a bateria de Brian Kerch. Na sequência duas belas baladas, “The Crow & The Butterfly” que mescla algumas partes mais pesadas e outras lembrando as chamadas “power ballads” e “If You Only Knew” que foi escrita por Smith especialmente para a esposa e para o filho recém nascido. Depois de uma boa acalmada, “Sin With a Grin” volta a agitar com um refrão pesadão. “What a Shame” fala sobre o tio de Smith que morreu durante a gravação do disco. A carga de emoção está bastante presente na faixa que é outra semi-balada. Uma das minhas prediletas.
“Cyanide Sweet Tooth Suicide” é outra faixa pesada que serve para equilibrar o álbum. Destaque para os bons solos de guitarra. Penúltima faixa, “Breaking Inside” comprova o talento da banda em fazer boas baladas, outro grande destaque deste cd, e que em alguns aspectos lembra bastante a banda canadense Nickelback. O cd termina com “Call Me”, outra calminha, com direito a piano, metais e um show do vocalista Brent Smith.
No final do ano passado foi lançada uma edição especial do álbum contendo algumas faixas bônus e um DVD com faixas ao vivo que comprovam que a banda é muito competente ao vivo.
“The Sound of Madness” é um ótimo álbum que vale à pena ser ouvido inteiro, sem preconceitos. Fica a dica!
Guazza, mais uma excelente resenha! Anotada a dica!
Pô Luizão, assim vou voltar a gastar dinheiro com CDs de novo… rsrsrs